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6 de abril de 2012

Érico Veríssimo




Érico Veríssimo (1905-1975) começou a trabalhar como redator na Revista do Globo – publicada pela livraria de mesmo nome – em Porto Alegre, na década de 1930. Pouco tempo depois ingressou na literatura com seu romance Clarissa. A personagem principal, uma jovem sonhadora que vai morar na cidade grande, apareceu em mais três romances do autor.
Ao lado de Henrique Bertaso, Veríssimo assumiu o comando da editora Globo, publicando principalmente livros traduzidos do inglês. As traduções eram dele mesmo ou de outros grandes autores, como Mário Quintana.
Em 1938 tornou-se um romancista reconhecido com o lançamento de Olhai os lírios do campo. Na década de 1940 publicou Saga, sobre um veterano da guerra civil espanhola. Logo depois foi morar nos Estados Unidos, tornando-se professor de literatura brasileira na Universidade da Califórnia.
Uma de suas obras mais importantes é a trilogia O tempo e o vento, que narra a história do Rio Grande do Sul. Foi iniciada por O continente, em 1949, seguido por O retrato, em 1951, e O arquipélogo, publicado onze anos depois. O longo intervalo se deve a volta de Veríssimo aos Estados Unidos, que desta vez foi trabalhar como um dos diretores da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em 1957, retorna ao Brasil.
Com o romance O senhor embaixador, de 1965, ganhou o Prêmio Jabuti. Em 1966 publicou suas memórias, O escritor diante do espelho. Uma versão ampliada da autobiografia, programada para ser uma trilogia, foi lançada sete anos depois. O segundo volume, porém, foi impresso postumamente. Érico Veríssimo morreu em 1975, deixando também incompleto o romance A hora do sétimo anjo.

Do autor, na Biblioteca Circulante:
- Clarissa
- Saga
- Um certo capitão Rodrigo (parte de O Continente)

Para saber mais:

3 de abril de 2012

1984, de George Orwell


1984, de George Orwell, foi escrito em 1948 (a inversão dos dígitos finais das duas datas não é coincidência). Influenciado pelo que viu na Segunda Guerra Mundial, o autor imaginou um futuro sombrio, com estados totalitários que oprimiam a população através da ciência e da tecnologia.
            Nessa distopia, o Grande Irmão é o senhor supremo da Inglaterra, controlando os cidadãos através da vigilância constante e da propaganda política. Pessoas como Winston Smith sentem-se impotentes, buscando a rebelião em pequenas atitudes proibidas, como escrever um diário ou apreciar a arte. Sentindo-se solitário, num mundo onde o exercício da individualidade é quase impossível, aos poucos ele percebe não ser o único a buscar sua liberdade de expressão.
            Apesar de bastante focado em sua época, com referências ao nazismo e ao stalinismo, o livro de Orwell ainda hoje levanta questões relevantes sobre os meios de comunicação de massa e também permite refletir sobre novas tecnologias, como a internet. Nas palavras de Andrew Keen, um crítico da difusão digital:
1984 de Orwell traçou o quadro de uma vigilância de cima para baixo na sociedade, em que o 'Grande Irmão' vê tudo, sabe tudo, observa nossos movimentos, ouve nossas conversas e lê nossas mentes. Bem, a Web 2.0 é a democratização desse pesadelo orwelliano; em vez de um único líder que tudo vê e tudo sabe, agora qualquer um pode ser o 'Grande Irmão'. Basta ter uma conexão com a internet.
Para saber mais: