por Olívia Lima
Resumo: Madeleine de Grouves é uma das mulheres mais
lindas, elegantes, charmosas e educadas de Paris. Pertencente à alta sociedade
parisiense da época, suas qualidades e atributos são vistos por todos, inclusive
por ela mesma. Madeleine apaixona-se por Lepré, homem também da alta sociedade,
por quem ela nutre fortes sentimentos. Entretanto, Lepré não corresponde seu
amor, nem sequer tem iniciativas que mostrem que a moça é importante para ele,
fato que traz grande sofrimento e tristeza para Madeleine.
Recursos do estilo criado pelo autor: O escritor expõe
uma narrativa bastante descritiva; descreve os ambientes, os personagens e seus
devaneios. O foco se mantém nas emoções e fluxos de pensamento da personagem
principal, aspectos que o autor apresenta detalhadamente e de maneira muito bem
escrita ao leitor.
Observações sobre procedimentos de
elaboração da linguagem da obra: a narrativa é centrada no amor inalcançável,
permeado pelos costumes e acontecimentos da alta sociedade parisiense,
características que o autor descreve minuciosamente, por meio do uso de muitos
adjetivos e advérbios, de modo que o leitor consiga imaginar os personagens e
captar seus pensamentos de maneira quase precisa.
Contexto social e histórico do tema referido
no texto lido: França do século 19 e início do 20; período de declínio da aristocracia
francesa e começo dos movimentos modernistas nas artes e literatura.
Autores contemporâneos: Franz Kafka, Fernando Pessoa, Virgina Woolf.
Situe a obra entre outras do mesmo autor: Proust fazia traduções e escrevia artigos para
jornais, sempre abordando a vida mundana, tema recorrente em suas obras, desde Os
prazeres e os dias, reunião
de contos e poemas, até Em busca do tempo
perdido, considerada a obra mais célebre de Proust, que foi publicada entre
1913 e 1927, em sete volumes, sendo que alguns deles foram publicados em partes:
No Caminho de Swann, À Sombra das
Raparigas em Flor, O Caminho de Guermantes (1 e 2), Sodoma e Gomorra, A Prisioneira, A Fugitiva e O Tempo Redescoberto.
Outras de suas obras são: Crônicas (1927
), Jean Santeuil (obra póstuma de 1952)
e Contra Sainte-Beuve (ensaio póstumo de 1954).
Citações:
“ Buscava
compensar com o sorriso afetuoso e a dureza que lhe parecia implícita nessa
licença. Essa dureza, porém, relacionava-se apenas ao desejo violento que tinha
de retê-lo ao azedume de sua decepção.” (página 249)
“Ele não era mais
o déspota único e absoluto de seus sonhos e sim apenas um visitante agradável.”
(página 254)